Todo adventista de berço passou pelo mesmo sistema de adestramento. Você cresce escutando que “as árvores balançam”, que “Deus guardou, sim, Moíses...” e “essa pequenina luz vou deixar brilhar”. E dentro desse mesmo processo de educação por repetição e decoreba, uma das coisas que somos mais apegados, como adventecos de corpo e alma, são os mandamentos.
E não haveria de ser diferente. Uma das nossas bandeiras mais evidentes para não-cristãos e outras denominações é o mandamento renegado, o quarto. Por mais que outras denominações também o respeitem, o Sábado é um dos fatores de nos fazer uma Igreja tão identificada com a Lei.
Porém, ser uma igreja identificada com a Lei não significa que os membros realmente a entendam, tampouco que a vivam em plenitude. E isso é um perigo letal para qualquer cristão que se preze. Sabemos que a Lei é um espelho, moldado pelo caráter de Deus e a transgressão da lei é o pecado, afastar-se de Deus. E temos ciência que o salário do pecado é a morte.
Vezes, nos apegamos tanto a Lei que parecemos estar abraçados às pedras em que ela está escrita. Tão abraçados que somos incapazes de a ler. É preciso entender que agarrar a Lei de forma tão intensa é quebrantar a própria Lei. Não terás outros deuses diante de mim.
Crescemos ouvindo histórias do povo de Israel adorando deuses de pedra, barro, ouro ou qualquer coisa ‘cool’ que aparecesse de outras nações. Na forma como somos ensinados, esse mandamento parece muito fácil. Afinal, quem é que adora a Baal, hoje em dia? Temos religiões malucas espalhadas mundo a fora, mas para quem cresce em um mundinho adventista isso parece algo tranquilo, sem imputar um real esforço.
Porém, o veneno da transgressão se encontra por todos os lados, do pop star mais concreto a construção imagética mais abstrata. Hoje, o culto, a adoração, a adulação se tornaram ferramentas comerciais, instrumentais de uma sociedade de imagem e audiência. Empresas gastam milhões investindo em meios e métodos de agregar valores a sua imagem, marca. É preciso ser admirado, louvado, engrandecido.
Esse contexto mercadológico criou estruturas de apego e formas de interação social que nos conduzem a caminhos perigosos. Tudo em nosso redor e que possa se fixar em nossa mente é um véu de perigo.
Programas de televisão, livros, filmes, músicas, artistas, personalidades são apenas a ponta do Iceberg. Objetos hoje são apenas o obstáculo mais simples e nada fáceis de lidar. Você precisa encarar seres abstratos, ideias, marcas. Tudo é feito e direcionado de forma a lhe seduzir e conquistar adoração. E tudo em troca de um sentimento, uma sensação desconhecida, mas desejada. “Se comeres deste fruto, serás igual a Deus”. É a mesma proposta, porém acrescida com 6 mil anos de elaboração.
E chegamos ao golpe final com a torpe adoração da própria religião. Nossa comunidade se estabeleceu sob normas e costumes. E estas normas nos colocam a tal nível de apego que cumpri-las não faz mais parte do fruto de um genuíno relacionamento com Deus, mas de um condicionamento, de hábitos fundamentados na constituição de personalidade, tão intimamente ligados a pessoa no fazer, mas tão desprovidos de significados que aparenta ser uma mera máquina programada a realizar funções óbvias.
Não pretendo com este texto depreciar nossos hábitos e costumes. Muito pelo contrário. Peço para que se repense o habitual e se renove o sentimento que deve estar por trás do start de nossas ações.
É preciso deixar de lado o eu, o meu habitual, por mais correta que a luz aparente ser; necessitamos nos jogar de cabeça e olhos vendados em Cristo. Não existe paixão sem loucura, não existe amor sem prova. Qualquer coisa além disso, são meras palavras ditas para representar algo que não se vê. É preciso beber a cada dia da loucura do cristianismo, é preciso provar nosso amor, nem que seja a mera quebra do habitual, o repensar nossas ações por outros prismas e fazer o que já fazemos de outra maneira. Estar na zona de conforto é o perigo que constrói a religião de hábitos.
É preciso dar um passo atrás, para olhar a lei com calma e carinho. Se agarrar a ela não dará a possibilidade de ler e meditar nela. É preciso viver a lei em sua essência e não em sua letra.
“São dez os mandamentos que a Lei de Deus nos dá...”, porém, por sua essência, poderiam ser mil. A realidade dos mandamentos é amor. E se formos tão apegados a mera ação de dez pequenas ordens, não seremos capazes de cumpri-las; tampouco entendê-las.
Precisamos ter a lei gravada em nossos corações, e a única coisa que Deus grava em corações é a sua própria marca, seu próprio rosto. É o amor.
Porém, ser uma igreja identificada com a Lei não significa que os membros realmente a entendam, tampouco que a vivam em plenitude. E isso é um perigo letal para qualquer cristão que se preze. Sabemos que a Lei é um espelho, moldado pelo caráter de Deus e a transgressão da lei é o pecado, afastar-se de Deus. E temos ciência que o salário do pecado é a morte.
Vezes, nos apegamos tanto a Lei que parecemos estar abraçados às pedras em que ela está escrita. Tão abraçados que somos incapazes de a ler. É preciso entender que agarrar a Lei de forma tão intensa é quebrantar a própria Lei. Não terás outros deuses diante de mim.
Crescemos ouvindo histórias do povo de Israel adorando deuses de pedra, barro, ouro ou qualquer coisa ‘cool’ que aparecesse de outras nações. Na forma como somos ensinados, esse mandamento parece muito fácil. Afinal, quem é que adora a Baal, hoje em dia? Temos religiões malucas espalhadas mundo a fora, mas para quem cresce em um mundinho adventista isso parece algo tranquilo, sem imputar um real esforço.
Porém, o veneno da transgressão se encontra por todos os lados, do pop star mais concreto a construção imagética mais abstrata. Hoje, o culto, a adoração, a adulação se tornaram ferramentas comerciais, instrumentais de uma sociedade de imagem e audiência. Empresas gastam milhões investindo em meios e métodos de agregar valores a sua imagem, marca. É preciso ser admirado, louvado, engrandecido.
Esse contexto mercadológico criou estruturas de apego e formas de interação social que nos conduzem a caminhos perigosos. Tudo em nosso redor e que possa se fixar em nossa mente é um véu de perigo.
Programas de televisão, livros, filmes, músicas, artistas, personalidades são apenas a ponta do Iceberg. Objetos hoje são apenas o obstáculo mais simples e nada fáceis de lidar. Você precisa encarar seres abstratos, ideias, marcas. Tudo é feito e direcionado de forma a lhe seduzir e conquistar adoração. E tudo em troca de um sentimento, uma sensação desconhecida, mas desejada. “Se comeres deste fruto, serás igual a Deus”. É a mesma proposta, porém acrescida com 6 mil anos de elaboração.
E chegamos ao golpe final com a torpe adoração da própria religião. Nossa comunidade se estabeleceu sob normas e costumes. E estas normas nos colocam a tal nível de apego que cumpri-las não faz mais parte do fruto de um genuíno relacionamento com Deus, mas de um condicionamento, de hábitos fundamentados na constituição de personalidade, tão intimamente ligados a pessoa no fazer, mas tão desprovidos de significados que aparenta ser uma mera máquina programada a realizar funções óbvias.
Não pretendo com este texto depreciar nossos hábitos e costumes. Muito pelo contrário. Peço para que se repense o habitual e se renove o sentimento que deve estar por trás do start de nossas ações.
É preciso deixar de lado o eu, o meu habitual, por mais correta que a luz aparente ser; necessitamos nos jogar de cabeça e olhos vendados em Cristo. Não existe paixão sem loucura, não existe amor sem prova. Qualquer coisa além disso, são meras palavras ditas para representar algo que não se vê. É preciso beber a cada dia da loucura do cristianismo, é preciso provar nosso amor, nem que seja a mera quebra do habitual, o repensar nossas ações por outros prismas e fazer o que já fazemos de outra maneira. Estar na zona de conforto é o perigo que constrói a religião de hábitos.
É preciso dar um passo atrás, para olhar a lei com calma e carinho. Se agarrar a ela não dará a possibilidade de ler e meditar nela. É preciso viver a lei em sua essência e não em sua letra.
“São dez os mandamentos que a Lei de Deus nos dá...”, porém, por sua essência, poderiam ser mil. A realidade dos mandamentos é amor. E se formos tão apegados a mera ação de dez pequenas ordens, não seremos capazes de cumpri-las; tampouco entendê-las.
Precisamos ter a lei gravada em nossos corações, e a única coisa que Deus grava em corações é a sua própria marca, seu próprio rosto. É o amor.
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