Cidades da Esperança - Meditações Diárias

quarta-feira, 14 de abril de 2010 | |









Em 1761 o Marquês de Pombal propôs mudar a capital do império português para o interior do Brasil Colônia. Um jornalista, fundador do primeiro jornal brasileiro, editado em Londres, em 1813 redigiu artigos em defesa da interiorização da capital do país, para uma área próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste.

Desde a primeira constituição republicana, de 1891, constava um dispositivo que previa a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro para o interior do país, determinando como "pertencente à União, no Planalto Central da República (...).

Uma localidade situada no cerrado goiano foi escolhida para ser a futura capital, projeto que só foi em frente porque no ano de 1955, durante um comício na cidade goiana de Jataí, o então candidato à presidência, JK, foi questionado por um eleitor se respeitaria a Constituição, interiorizando a Capital Federal, ao que o presidenciável afirmou que transferiria a capital.

A Cidade de Sonhos, a "Capital da Esperança", como apelidou o escritor francês André Malraux, foi inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Sim, há quase 50 anos.

Planejada para ter uma população de 600 mil habitantes no ano 2000, já em 1996 era a quinta capital mais populosa do Brasil, com mais de 1,8 milhão de habitantes.

Brasília.

Era uma conquista de nosso povo, um lugar de oportunidades, a terra prometida que como por milagre promoveria a integração de regiões antes inóspitas e incomunicáveis de nosso país.

Tornou-se patrimônio da humanidade.




Mas...

O sonho se desfez com o tempo. Mesmo que o objetivo de promover a integração nacional tenha sido alcançado, o custo da obra se fez sentir em nossa previdência social e em nossa dívida externa.

A “Cidade da Esperança”, projetada para ter a elite de nosso país e ser o cérebro responsável pela articulação de um país sempre próspero, hoje é vista como símbolo da corrupção, da desonestidade e de tudo de mal ligado à política.

Brasília, hoje, pode ser vista como uma terra prometida de um povo que não cumpriu a própria promessa de grandeza.

Esse é o destino dos sonhos nesse mundo. E Salomão já sabia disso ao lembrar que nesta vida, tudo é vaidade, como correr trás do vento (Eclesiastes 2:11 ).

Jesus não quis que nós estivéssemos sujeitos a tais decepções em toda nossa vida. Não quis os legar a falta de esperança.

Ele nos prometeu, com sua palavra imutável de Deus forte e poderoso, que um dia estaríamos juntos pela eternidade.

João 14:2-3 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.

João, o discípulo amado, presenciou em visão o novo Céu e a nova Terra (Apocalipse 21:1).

E, na nova Terra, a definitiva “Cidade da Esperança”, a nova e eterna Jerusalém!






Que possamos manter nosso foco em Cristo, e termos sempre a certeza em nossos corações que as tribulações deste mundo NADA, NADA MESMO vão significar quando todos nos encontrarmos na Cidade Celestial.

Amém!

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