As verdades sobre o sábado dos Dez Mandamentos

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009 | |

Quem criou o sábado e onde ele surgiu?

O sábado foi criado por Deus ao termino da criação da terra no jardim do Éden. Após Deus terminar a criação Ele descansou no sétimo dia, o sábado, e o santificou, descansou não por estar cansado, pois Deus nunca cansa, Ele descansou para dar-nos exemplo, transformando assim o sábado em um marco da criação, para que nele O adoremos e lembremos que é o Deus criador e mantenedor de todas as coisas. Assim como Ele o fez, devemos nós também guardar o sábado. (Gênesis 2:1-3)

No monte Sinai Deus estabelece sua lei formalmente dando aos israelitas os Dez Mandamentos, eles foram escritos pelas mãos do próprio Deus e dados a Moisés. Vejamos os mandamentos (Êxodo 20:1-17):


1º Mandamento (verso 3): Não terás outros deuses diante de mim.

2º Mandamento (verso 4-6): Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.

3º Mandamento (verso 7): Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.

4º Mandamento (verso 8-11): Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

5º Mandamento (verso 12): Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.

6º Mandamento (verso 13): Não matarás.

7º Mandamento (verso 14): Não adulterarás.

8º Mandamento (verso 15): Não furtarás.

9º Mandamento (verso 16): Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

10º Mandamento (verso 17): Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

Foi o Sábado feito somente para o povo judeu? ou o Sábado é também extensivo a todos os Cristãos?

A Bíblia começa da seguinte maneira:

“No princípio, criou Deus os céus e a terra”. Quando a seqüência de fatos, que se seguiram a este verso, terminou, ou seja, após a completa criação da Terra e de todo ser vivente, Deus instituiu a ordem e as leis que regeriam este mundo.
Uma das ordens mencionadas nesse capítulo da Criação era a guarda do Sétimo Dia, o Sábado, como memorial da Criação e para o descanso das atividades físicas do homem.
Está escrito nas Sagradas Escrituras:

“E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera” (Gênesis 2:2-3)

Quando Deus terminou sua criação, não havia Judeus, nem qualquer outra religião.
Havia somente Adão e Eva, seguidores do Deus vivo. Portanto, o Sábado foi dado para o homem e não para um povo determinado. Isto também é confirmado nas palavras de Jesus em Marcos 2:27.

O Sábado, ou descanso semanal, foi instituído por Deus junto com as outras Leis, que revelavam sua vontade e demonstraram a ordem que rege o universo. Não fosse assim, o roubo, o adultério, o assassinato e outros atos maus não seriam pecados, até Deus dar a Lei escrita em pedra para Moisés. Porém, não é isto o que nos ensina a história de Caim e Abel. Caim foi condenado por quebrar o 6º mandamento de Deus.

Leia este verso:

“Viu Deus a terra e eis que estava corrompida; porque todo o ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra.” (Gênesis 6:12)

Para que a terra fosse achada em falta e corrompida nos tempos de Noé, haveria necessidade de um padrão para dizer se o homem estava no caminho bom ou mau.

Veja também em Isaias:


“2-Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto: que se abstém de profanar o sábado, e guarda a sua mão de cometer o mal.
3- E não fale o estrangeiro, que se houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente o Senhor me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca.
4- Pois assim diz o Senhor a respeito dos eunucos que guardam os meus sábados, e escolhem as coisas que me agradam, e abraçam o meu pacto:
5- Dar-lhes-ei na minha casa e dentro dos meus muros um memorial e um nome melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará.
6- E aos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu pacto," (Isaias 56:2-6)

Portanto, a Lei foi dada para o povo de Deus, independentemente de sua época ou de seu nome.

Será que o texto de Colossenses 2.16-17 aboliu o Sábado?

Eis o texto:

“Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém, o corpo é de Cristo.”

Esta é uma pergunta muito comum, porém devemos nos lembrar de que, no Sinai, além dos Dez Mandamentos, Deus deu a seu povo uma série de Leis cerimoniais que visavam o bem-estar físico de cada pessoa e de toda a comunidade.

Essas Leis tratavam de assuntos diversos como sacrifícios, coisas imundas, ofertas por pecados, como assentar acampamentos e até onde enterrar os dejetos humanos.
O objetivo dessas Leis era educar o povo. Através delas, Deus também estabeleceu sete dias anuais de descanso (feriados), também chamados de sábados.

O próprio nome sábado que dizer descanso.
Esses feriados estavam relacionados com o dia da festa das trombetas, do tabernáculo, com o dia da expiação, etc. Eram sábados móveis, pois caiam, a cada ano, em um dia diferente; ao passo que o Sábado do Decálogo era comemorado sempre no sétimo dia da semana.

Ao morrer na cruz, Cristo aboliu todo o sistema de sacrifícios e de festas religiosas, os quais tinham por objetivo apontar para ele, o Cordeiro de Deus.
Todas as festas e cerimônias judaicas eram apenas uma “sombra”, uma imagem do que seria o sacrifício de Cristo por nós. Prova disto é que quando Jesus morreu, o véu do templo, que separava o lugar Santo do Santíssimo se rasgou (Mc:15:38), mostrando que o sacrifício de Cristo estava feito. O Sábado semanal não tem nada a ver com os sábados cerimoniais.

Leia o capitulo (Colossenses 2) todo com atenção e você verá que Paulo esta falando de tradições e leis cerimoniais judaicas, não dos dez mandamentos nem tampouco do Sábado semanal.

Como já vimos, o Sábado semanal foi guardado e ensinado por Jesus, e, segundo a Bíblia, terá validade até o final dos tempos.

“Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um sábado a outro, virá toda carne a adorar perante mim, diz o Senhor.” (Isaías 66:22-23)

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” (Mateus 5:17-18)

Lembre-se: A Bíblia é uma só. E o Deus que a inspirou é o mesmo desde o princípio e por toda a eternidade. Se, durante toda a História do mundo, o Sábado, ou sétimo dia, foi separado para honra, louvor e adoração a Deus, por que, de uma hora para outra,
Deus iria mudá-lo, em um único versículo, que tem interpretação duvidosa?

Não teria ele inspirado Paulo, Pedro ou Lucas
para nos fazer um sermão mais adequado sobre uma mudança de tamanha importância?

Lembre-se:
O sábado faz parte de uma Lei maior.

Como posso saber se, com as mudanças de Calendário, o Sábado de hoje é o mesmo Sábado de Adão?

Primeiro, o próprio Jesus guardava o mesmo dia de Sábado dos Judeus, que já o guardavam há, pelo menos, 4.000 anos, após Adão ter saído do Paraíso.
Hoje, temos certeza que pela tradição judaica e sua fidelidade pela Lei que guardamos o mesmo Sábado que Jesus guardou. Se este era o Sábado verdadeiro para Ele, certamente o será para mim também.

Agora, será que é este o sentido de guardá-lo? Santificar um dia?

Não se esqueça de que o Sábado foi feito para o homem e não o homem para o Sábado.

Ele é um dia de descanso e para memória da criação feita por Deus.

Outro ponto importante é que, mundialmente, a semana sempre foi de sete dias e o Sábado é o único dia que não teve seu nome alterado para adorar alguma divindade pagã.
Não há realmente mérito em saber se o Sábado de hoje é realmente o múltiplo de 7 em relação com o Sábado de Adão. O importante é: Separar o sétimo dia, o Sábado para a honra e glória de Deus.

Não podemos guardar qualquer dia, ao invés do Sábado?

Se Deus é tão específico com suas ordens e mandamentos, por que não faria questão de que o dia separado para sua honra fosse o Sábado? Se pegarmos, um a um, os outros nove mandamentos veremos que Deus não aceitaria mudanças, provocadas pela consciência do homem ou pela sua conveniência.

“Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus...” (1 Coríntios 3:19)

Será que poderíamos ao invés de adorar um único Deus, ter dois ou três para nos assegurarem a salvação?

Poderíamos ter uma imagem de escultura bem pequenininha para nosso culto, a fim de não nos desviarmos demais do segundo mandamento?

Será que Deus me permite roubar ou adulterar, se a minha consciência diz que posso?

Pode o homem guiar-se pela sua consciência sem medo de errar? Basta olhar ao redor e ver o mundo em que vivemos. Além disto, este foi justamente o argumento de Satanás ao enganar aos nossos primeiros pais.

“Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” (Gênesis 3:4-5)

O resultado de Eva ter escolhido seguir sua própria consciência e vontade nós já conhecemos.

Por isso, pergunto a você:

Devemos seguir a nossa consciência e a tradição dos homens, em lugar de um pedido direto de Deus? Creio que você já sabe a resposta.


Veja o exemplo de Caim:
Deus pediu a Adão e a seus filhos que oferecessem um determinado sacrifício a fim de ser sempre lembrada a esperança da vinda do Messias e remissor de seus pecados.
Deus queria um cordeiro puro e sem mácula. Ao invés de trazer o cordeiro, como foi pedido por Deus, Caim trouxe aquilo que queria, ou seja, frutas e verduras para adorar ao Senhor.
Resultado: A sua oferta não foi aceita e isto o entristeceu grandemente.
Não porque a frutas eram feias ou estavam estragadas. Caim ofereceu o melhor que tinha, mais não o que Deus pediu. Ele colocou a sua própria vontade, o seu próprio interesse a frente do pedido de Deus.
Aqui ele quebrou o primeiro mandamento.

“Não terás outro Deus diante de mim” (Êxodo 20:3)

Então, o Senhor advertiu a Caim:

“Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” (Gênesis 4:7)

Infelizmente, Caim não atendeu ao apelo de Deus, e, como sabemos, matou seu irmão.

Então respondo esta pergunta com outra pergunta:

Será que devemos então oferecer a Deus só aquilo que nosso coração deseja, que a nossa conveniência permite, ou devemos oferecer somente aquilo que Ele nos pede, sem tirar nem por?


Fonte: Goldschmidt, Peter P. Sábado, o selo de Deus

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